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sábado, 18 de junho de 2011

Como vencer o vício do cigarro



Dos cerca de 1,25 bilhões de fumantes no mundo, mais de 40 milhões são brasileiros. Ainda são muitos, mas o número vem reduzindo no país. O volume de cigarros queimados por aqui caiu 32% em dez anos.
Deixar de fumar é um desafio que poucos conseguem vencer. Segundo um estudo publicado pela revista New Scientist, 85% dos que param voltam a dar suas baforadas depois de um ano. Alguns recaem antes. Só 3% conseguem, de fato, abandonar o vício. Quem procura ajuda médica, toma remédio e faz terapia aumenta sua chance de sucesso para 20%. O Brasil é um dos recordistas em motivação para largar o cigarro. Um estudo feito pela psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, mostra que 81% dos fumantes brasileiros querem parar. É um percentual só comparável ao dos suecos, com 85%.
Mas o índice de tentativas frustradas entre os brasileiros é igualmente alto: cada um já tentou parar cinco vezes, em média - sem sucesso. Difícil é, mas vale a pena. O tabaco causa 50 tipos de doença. As mortes anuais em virtude de seu uso chegam a 5 milhões no mundo, 200 mil no Brasil.
O sucesso e o fracasso na empreitada contra a fumaça pode ser o estado emocional. Ter muita vontade e escolher o momento apropriado são fatores importantes. Pesquisas revelam ainda que, embora pareça chato, um dos pontos mais importantes para fazer alguém parar de fumar é o incentivo dos familiares.
Considerada uma droga poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central e chega ao cérebro em apenas 7 segundos. Após a tragada, a fumaça é inalada para os pulmões e distribui-se para o sistema circulatório. Dessa forma, as cerca de 4.700 substâncias tóxicas espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. Além das mais conhecidas, como nicotina, alcatrão e monóxido de carbono, a fumaça contém também substâncias radioativas, como polônio 210 e cádmio (encontrado nas baterias de carro).
A dependência começa um ano após as primeiras tragadas, devido a causas físicas e psicológicas.
Na prática, a maioria dos fumantes desconhece seu perfil e, consequentemente, não sabe o que pode ajudar. No livro Fumar É Gostoso… Parar É ainda Melhor, a médica cardiologista Jaqueline Issa descreve os cinco comportamentos mais típicos:
  • Quem fuma para reduzir a tensão precisa de um antidepressivo e atividades que diminuam o estresse, como ioga e natação.
  • Aquele que faz fumaça sempre em determinadas situações vai ter de passar por um descondicionamento - só mudando de hábito conseguirá abrir mão do cigarro.
  • O fumante que enfrenta menos dificuldade para parar é aquele que dá umas tragadas quando se sente bem, como após as refeições, o ato sexual ou acompanhando uma bebida alcoólica. Nesse caso, o paladar e o olfato mais apurados servirão de ajuda.
  • Se o que importa é segurar o cigarro, o tratamento pode ser apenas manter as mãos ocupadas com outras coisas.
  • Finalmente, há quem fume para driblar o desânimo, porque está sobrecarregado ou para se sentir estimulado a iniciar uma tarefa. É o grupo mais vulnerável à sensação de prazer provocada pela nicotina. Para este, a receita são os remédios que induzem um quadro de bem-estar.
E se parar de fumar agora:
  • após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal
  • após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue
  • após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
  • após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
  • após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora
  • após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou
A síndrome de abstinência
O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas, mas alguns fumantes podem apresentar sintomas de abstinência como a vontade intensa de fumar, dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas podem durar de 1 a 2 semanas.
É normal a fome aumentar. Com a melhora do paladar e a normalização do metabolismo, é comum um ganho de peso de até 2 kg. O ideal é manter uma dieta equilibrada e evitar café e bebidas alcoólicas, que são um convite ao cigarro.
Métodos para parar de fumar
1 - Parada Imediata: largar o vício de uma só vez dever ser sempre a primeira opção.
2 - Parada gradual: Pode ser feita de duas maneiras: reduzindo o número de cigarros diariamente ou retardando a hora do primeiro cigarro todos os dias até que consiga ficar sem fumar um dia, dois, três e assim por diante. Esse processo não deve durar mais de duas semanas, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar. Caso não consiga sozinho, o ideal é procurar orientação médica.
Dicas
A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. Para conter o impulso, o site do Inca (Instituto Nacional de Câncer) traz algumas dicas: chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Manter as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabiscar alguma coisa ou manusear objetos pequenos. Não ficar parado, conversar com um amigo ou fazer algo diferente que distraia a atenção.
Fumar cigarros de baixos teores não trazem resultado, pois eles fazem tanto mal quanto os outros.
E cuidado. Alguns ex-fumantes acabam voltando ao vício por estarem se sentindo tão bem que acham que podem fumar apenas um cigarro ou a acender o de um amigo.
Mil e uma maneiras para deixar o vício do cigarro
(leia reportagem de ÉPOCA no link no final da página)
De acupuntura a medicamentos, passando por uma água com nicotina e até mesmo por pirulitos. O fumante tem muitas possibilidades de escolha para abandonar o hábito de vez.
TRATAMENTO
Alguns spas, como o Kurotel (www.kurotel.com.br), têm um programa especial para quem quer deixar o cigarro. O paciente tem assistência médica e psicológica.
SPRAY NASAL
Usado da mesma maneira que os descongestionantes nasais, possui nicotina. Foi aprovado pelo Food and Drug Administration, mas não está à venda no Brasil.
ADESIVOS NIQUITIN
Liberam pequenas doses de nicotina para a pessoa se acostumar a diminuir a quantidade de cigarros, contendo a crise de abstinência. O tratamento tem três estágios, que diminuem a carga de nicotina liberada. É indicado numa fase seguinte ao
NICO WATER
Possui 4 miligramas de nicotina por garrafa de meio litro. É o mesmo que fumar dois cigarros. Diminui a vontade de fumar e não tem gosto. Não está à venda no Brasil.
ACUPUNTURA
A aplicação de agulhas em um ponto na orelha libera substâncias que ajudam a atenuar os sintomas da falta de nicotina, diminuindo a síndrome de abstinência.
GOMAS DE MASCAR
Em vez de acender um cigarro, o fumante mastiga um chiclete. O princípio é semelhante ao dos adesivos, mas as gomas são usadas quando a dependência é menor. Elas têm 2 miligramas de nicotina, o equivalente a um cigarro. Não são mais vendidas no Brasil.
HOMEOPATIA
Não oferece pílulas específicas para deixar de fumar, mas defensores dizem que consegue amenizar os efeitos desagradáveis que ocorrem no organismo, evitando recaídas.
FILTROS PHASIS
Têm forma de piteira e a pessoa troca gradualmente. Eles retêm parte da nicotina e do alcatrão. Na última fase do tratamento, a redução de teores chega a 95%.
PIRULITO DE NICOTINA
Gerou discórdia nos Estados Unidos. Prometia efeito mais rápido que dos adesivos ou dos chicletes. Outra vantagem seria que o fumante não perderia o hábito de levar algo à boca. O problema era que as crianças poderiam confundi-los com pirulitos comuns.
ZYBAN
Medicamento sem nicotina usado para tratamento do tabagismo. Contém uma substância que reduz o impulso de querer fumar e também a crise de abstinência.

2 comentários:

  1. Bom dia. Passo por aqui todos os dias e decidi te seguir. Se quiser, siga meu blog também. Sucesso p/ vc!

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